domingo, 29 de março de 2015

Parque Nacional da Tijuca Rio de Janeiro

(Trilha da Pedra da Gávea)

HISTORIA

O Parque Nacional da Tijuca foi criado em 6 de julho de 1961, mas sua história começa muito antes...
(Vista do rio de Janeiro do Alto da Pedra da Gávea)Nos séculos XVII e XVIII, o Maciço da Tijuca foi, em sua maior parte, ocupado e devastado pela extração de madeiras e da utilização em monoculturas, especialmente o café, o que gerou sérios problemas ambientais com efeitos na cidade do Rio de Janeiro. O mais perceptível deles foi a escassez de água. Os sistemas que captavam água na Serra da Carioca e no Alto da Boa Vista praticamente secaram e em um caso pioneiro da importância dos serviços ambientais fornecidos pelos ambientes naturais, iniciou-se um processo de desocupação e recuperação da vegetação natural.




















































(Vista do rio de Janeiro na subida da Pedra da Gávea)
Em 1861, as florestas da Tijuca e das Paineiras foram declaradas por D. Pedro II como Florestas Protetoras e teve início então um processo de desapropriação de chácaras e fazendas, com o objetivo de promover o reflorestamento e permitir a regeneração natural da vegetação. Ainda hoje é possível identificar pés de café, construções e ruínas das antigas fazenda, como a Solidão, Mocke e Midosi, entre outras. Pode-se dizer que a Tijuca está entre as áreas protegidas pioneiras no mundo, já que é mais antiga até do que Yellowstone, o primeiro Parque Nacional, criado em 1872, nos Estados Unidos.

Dividido em três setores de visitação - Floresta, Serra da Carioca e Pedra Bonita/Pedra da Gávea - o PNT tem opções de programas para todos os públicos: desde áreas para piquenique e churrascos até voo livreescalada, trilhas e outras atividades. Entre os famosos cartões postais do país, temos o Morro do Corcovado, onde está localizada a estátua do Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Vista ChinesaPedra da Gávea, Parque Lage e Paineiras.







































(Pedra da Cabeça do Imperador no Alto da Pedra da Gávea)


(Carrasqueiro na subida da Pedra da Gávea)

Relevo
O Parque Nacional da Tijuca tem seu relevo montanhoso e acidentado, em que se destacam o Pico da Tijuca, o Corcovado e a Pedra da Gávea, o maior monolito a beira mar do mundo.

(Pedra Bonita vista da Pedra da Gávea)

Tudo isso atribui ao Parque uma beleza natural única, contrastando o verde da mata com as superfícies rochosas e o mar. As rochas que formam as montanhas do Parque Nacional da Tijuca são bastante antigas, com idades em torno de 1,7 bilhões de anos. A maioria delas é de gnaisse, uma rocha metamórfica, resultantes de um conjunto de processos geológicos que as “empurraram” para cima por meio de forças tectônicas. Também é comum encontrar no Parque rochas quartzíticas e calcissilicáticas. Como rochas menos antigas (cerca de 600 milhões de anos) são exemplos o granito da “Cabeça do imperador”, na Pedra da Gávea, e os granitos do Vale do Elefante e dos Urubus, no Grajaú.

Hidrografia
O sistema fluvial do Parque Nacional da Tijuca é bastante extenso e variado.  Entre os principais córregos e rios estão: o Rio Maracanã, Rio Carioca, Rio Cachoeira, Rio das Almas, Córrego da Pedra Bonita, Rio da Barra, Riacho Pai Ricardo, Rio Cabeça, Riacho da Lagoinha e Rio Silvestre. A famosa Cascatinha Taunay está entre as diversas quedas d`água do Parque, que também conta com a Cachoeira do Pai Antônio, Cachoeira do Ramalho, Cachoeiras do Horto, Cachoeira dos Primatas, Cachoeira das Almas, Cascata Gabriela, Cascata Diamantina, Cascata do Conde, Cascata da Cova da Onça, Cascatas das Sete Quedas, em meio a outras. No século XIX, a captação das águas do Parque Nacional da Tijuca era estratégica e primordial para o abastecimento da cidade, criando-se, no final daquele século, uma completa rede de pequenas represas, captando a água de diversos rios do Parque. Ainda hoje as águas do Parque abastecem diversos bairros vizinhos.

(Banho na Cachoeira dos Macacos)

Clima
As temperaturas médias na cidade variam entre 18°C e 26°C, mas elas só vêm aumentando nos últimos 100 anos. No entanto, dentro do Parque, o clima é sempre mais ameno. A vegetação contribui diretamente para que o microclima da região seja úmido, com a presença, em alguns horários do dia, de uma névoa recobrindo as matas. Essa névoa é resultado da evapotranspiração, ou seja, as árvores devolvem ao ar o excesso de água que foi absorvido.



(Pico da Tijuca visto do Alto da Pedra da Gávea)

FAUNA
O Parque Nacional da Tijuca possui uma fauna relevante tanto de invertebrados (platelmintos, moluscos, anelídeos e artrópodes) quanto de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos).
Os animais invertebrados possuem um importante papel no ecossistema, contribuindo para a decomposição de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, realizando a polinização das plantas para produção de frutos e atuando como elementos fundamentais na cadeia alimentar. 
Os vertebrados são fundamentais para o equilíbrio ecossistêmico e para a manutenção dos processos ecológicos, interagindo de forma complexa com o ambiente e os seres vivos. A fauna de vertebrados no Parque Nacional da Tijuca é relativamente diversa e inclui espécies de mamíferos de médio porte, répteis e espécies de pequeno porte como anfíbios e aves.

FLORA
O Parque Nacional da Tijuca apresenta uma biodiversidade significativa, com 1619 espécies vegetais, sendo que destas, 433 estão ameaçadas de extinção.

















(Paineira)

É possível observa no Parque o angico (Anadenanthera colubrina), a quaresmeira (Tibouchina granulosa), a embaúba (Cecropia glaziovii), a paineira (Ceiba speciosa), o ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus), o jequitibá (Cariniana legalis), o cedro (Cedrela odorata)a copaíba (Copaifera langsdorffii), o pau-ferro (Libidibia ferrea), a brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum), a juçara (Euterpe edulis), os sonhos d’ouro (Psychotria nuda), a orquídea (Brasilaelia crispa), a bromélia (Aechmea fasciata) e a begônia (Begonia tomentosa).








Nenhum comentário:

Postar um comentário