(Trilha da Pedra da Gávea)
HISTORIA
O
Parque Nacional da Tijuca foi criado em 6 de julho de 1961, mas sua história
começa muito antes...
(Vista do rio de Janeiro do Alto da Pedra da Gávea)Nos
séculos XVII e XVIII, o Maciço da Tijuca foi, em sua maior parte, ocupado e
devastado pela extração de madeiras e da utilização em monoculturas,
especialmente o café, o que gerou sérios problemas ambientais com efeitos na
cidade do Rio de Janeiro. O mais perceptível deles foi a escassez de água. Os
sistemas que captavam água na Serra da Carioca e no Alto da Boa Vista praticamente
secaram e em um caso pioneiro da importância dos serviços ambientais fornecidos
pelos ambientes naturais, iniciou-se um processo de desocupação e recuperação
da vegetação natural.
(Vista do rio de Janeiro na subida da Pedra da Gávea)
Em
1861, as florestas da Tijuca e das Paineiras foram declaradas por D. Pedro II
como Florestas Protetoras e teve início então um processo de desapropriação de
chácaras e fazendas, com o objetivo de promover o reflorestamento e permitir a
regeneração natural da vegetação. Ainda hoje é possível identificar pés de
café, construções e ruínas das antigas fazenda, como a Solidão, Mocke e Midosi, entre outras. Pode-se
dizer que a Tijuca está entre as áreas protegidas pioneiras no mundo, já que é
mais antiga até do que Yellowstone, o primeiro Parque Nacional, criado em 1872,
nos Estados Unidos.
Dividido em três setores de
visitação - Floresta, Serra da Carioca e Pedra Bonita/Pedra da Gávea - o
PNT tem opções de programas para todos os públicos: desde áreas para piquenique
e churrascos até voo livre, escalada, trilhas e outras atividades.
Entre os famosos cartões postais do país, temos o Morro do Corcovado, onde está localizada a
estátua do Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Vista Chinesa, Pedra da Gávea, Parque Lage e Paineiras.
(Pedra da Cabeça do Imperador no Alto da Pedra da Gávea)
(Carrasqueiro na subida da
Pedra da Gávea)
Relevo
O Parque Nacional da Tijuca tem seu relevo montanhoso e
acidentado, em que se destacam o Pico da Tijuca, o Corcovado e a Pedra da Gávea, o
maior monolito a beira mar do mundo.
(Pedra Bonita vista da Pedra
da Gávea)
Tudo
isso atribui ao Parque uma beleza natural única, contrastando o verde da mata
com as superfícies rochosas e o mar. As rochas que formam as montanhas do
Parque Nacional da Tijuca são bastante antigas, com idades em torno de 1,7
bilhões de anos. A maioria delas é de gnaisse, uma rocha metamórfica, resultantes
de um conjunto de processos geológicos que as “empurraram” para cima por meio
de forças tectônicas. Também é comum encontrar no Parque rochas quartzíticas e
calcissilicáticas. Como rochas menos antigas (cerca de 600 milhões de anos) são
exemplos o granito da “Cabeça do imperador”, na Pedra da Gávea, e os
granitos do Vale do Elefante e dos Urubus, no Grajaú.
Hidrografia
O sistema fluvial do Parque Nacional da Tijuca é bastante
extenso e variado. Entre os principais córregos e rios estão: o Rio Maracanã,
Rio Carioca, Rio Cachoeira, Rio das Almas, Córrego da Pedra Bonita, Rio da
Barra, Riacho Pai Ricardo, Rio Cabeça, Riacho da Lagoinha e Rio
Silvestre. A famosa Cascatinha Taunay está entre as diversas quedas d`água
do Parque, que também conta com a Cachoeira do Pai Antônio, Cachoeira do
Ramalho, Cachoeiras do Horto,
Cachoeira
dos Primatas, Cachoeira das Almas,
Cascata Gabriela, Cascata Diamantina, Cascata do Conde, Cascata da Cova da
Onça, Cascatas das Sete Quedas, em meio a outras. No século XIX, a
captação das águas do Parque Nacional da Tijuca era estratégica e primordial
para o abastecimento da cidade, criando-se, no final daquele século, uma
completa rede de pequenas represas, captando a água de diversos rios do Parque.
Ainda hoje as águas do Parque abastecem diversos bairros vizinhos.
(Banho na Cachoeira dos Macacos)
Clima
As temperaturas médias na cidade variam entre 18°C e
26°C, mas elas só vêm aumentando nos últimos 100 anos. No entanto, dentro do
Parque, o clima é sempre mais ameno. A vegetação contribui diretamente para que
o microclima da região seja úmido, com a presença, em alguns horários do dia,
de uma névoa recobrindo as matas. Essa névoa é resultado da evapotranspiração,
ou seja, as árvores devolvem ao ar o excesso de água que foi absorvido.
(Pico da Tijuca visto do Alto
da Pedra da Gávea)
FAUNA
O Parque Nacional da Tijuca
possui uma fauna relevante tanto de invertebrados (platelmintos,
moluscos, anelídeos e artrópodes) quanto de vertebrados (peixes,
anfíbios, répteis, aves e mamíferos).
Os animais invertebrados
possuem um importante papel no ecossistema, contribuindo para a
decomposição de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, realizando a
polinização das plantas para produção de frutos e atuando como elementos
fundamentais na cadeia alimentar.
Os vertebrados são
fundamentais para o equilíbrio ecossistêmico e para a manutenção dos processos
ecológicos, interagindo de forma complexa com o ambiente e os seres
vivos. A fauna de vertebrados no Parque Nacional da Tijuca é relativamente
diversa e inclui espécies de mamíferos de médio porte, répteis e espécies de
pequeno porte como anfíbios e aves.
FLORA
O Parque Nacional da Tijuca
apresenta uma biodiversidade significativa, com 1619 espécies vegetais, sendo
que destas, 433 estão ameaçadas de extinção.
(Paineira)
É possível observa no Parque
o angico (Anadenanthera colubrina), a quaresmeira (Tibouchina
granulosa), a embaúba (Cecropia glaziovii), a paineira (Ceiba
speciosa), o ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus), o jequitibá (Cariniana
legalis), o cedro (Cedrela odorata), a copaíba (Copaifera
langsdorffii), o pau-ferro (Libidibia ferrea), a brejaúva (Astrocaryum
aculeatissimum), a juçara (Euterpe edulis), os sonhos
d’ouro (Psychotria nuda), a orquídea (Brasilaelia crispa), a
bromélia (Aechmea fasciata) e a begônia (Begonia tomentosa).
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